Câmara aprova reajuste de 9% em salários das Forças Armadas; impacto será de R$ 5 bilhões

  • 10/07/2025
(Foto: Reprodução)
Militares cobravam aumento ainda maior, mas governo alegou falta de orçamento. Reajuste vai custar R$ 5,3 bilhões aos cofres públicos em 2026. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (10) uma medida provisória (MP) que reajusta o salário-base de militares das Forças Armadas. A proposta autoriza a concessão de um reajuste linear de 9% a todos os militares da ativa, da reserva e pensionistas. Militares do Exército em celebração do Dia do Exército Hisaac Gomes/Ministério da Defesa O texto aprovado por deputados repete o teor de uma MP editada governo federal em março deste ano. Em vigor desde então, a MP ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado para se tornar uma lei definitiva. O prazo de validade da MP se esgotará em agosto. Uma parte da atualização salarial dos militares já está valendo desde abril deste ano. Outra parcela (4,5%) será concedida em 1º de janeiro de 2026, caso a MP se torne lei. Câmara aprova texto para limitar isenções fiscais O que muda? O reajuste impacta apenas o chamado "soldo" — a remuneração básica de um militar. Além dessa parcela, os militares podem receber outros adicionais, o que, na prática, pode tornar o salário ainda maior. 💲O salário mais baixo das Forças Armadas passará de R$ 1.078 para R$ 1.177. Patentes mais altas terão os vencimentos ampliados de R$ 13.471 para R$ 14.711. Segundo o governo, em 2025, a medida vai custar R$ 3 bilhões aos cofres públicos. No próximo ano, o impacto será de R$ 5,3 bilhões. Ao todo, ainda de acordo com o Planalto, 740 mil pessoas serão beneficiadas pelo reajuste. O governo afirma que o reajuste faz parte de um acordo firmado com as Forças Armadas e segue os pactos firmados com outros servidores públicos, que também receberam reajuste de 9%. O Planalto argumenta que a medida busca "mitigar" os efeitos da inflação dos últimos anos que levaram a uma "defasagem na remuneração dos militares e pensionistas". Militares cobravam mais Ao longo dos últimos meses, militares criticaram os percentuais propostos pelo governo federal e cobraram um reajuste ainda maior. Uma das propostas levadas à mesa de negociação com o Planalto previa um aumento de 18%. Relator da medida provisória na comissão mista, o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) se reuniu com representantes do governo e do Ministério da Defesa para tentar elevar o reajuste. Ao g1, Pazuello disse que o governo teve "muita boa vontade" e se mostrou favorável a ampliar o reajuste. Mas, segundo ele, o aumento não será possível por falta de orçamento. "Não dá. Eu queria muito, mas não dá. O orçamento não comporta. Tentei várias hipóteses, reajustes mais escalonados, mas não dá", afirmou. Em seu parecer, o deputado destacou a discordância com o reajuste concedido pelo governo, mas ressalvou que estava impedido de modificar os percentuais.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/07/10/camara-aprova-reajuste-de-9percent-em-salarios-das-forcas-armadas.ghtml


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