Equador apreende material explosivo que seria usado em atos terroristas na Colômbia
24/08/2025
(Foto: Reprodução) Apreensão de material explosivo feito pela polícia do Equador
Reprodução/Polícia Nacional do Equador
O Equador apreendeu um carregamento de material explosivo que estava sendo transportado da fronteira com o Peru para a Colômbia com o objetivo de ser usado em atos terroristas, anunciou a polícia neste domingo.
A Colômbia passa por sua pior crise de violência em uma década, devido à ação de guerrilheiros e máfias que lucram com o narcotráfico, a prática de extorsão e a mineração ilegal.
A polícia do Equador informou no X que dois equatorianos foram presos na operação. "Identificamos material explosivo que seria usado na execução de atos terroristas na Colômbia."
Em comunicado, a polícia descreveu como "significativo" o carregamento de explosivos, que era transportado em um caminhão procedente da província de El Oro, na fronteira com o Peru, e que seguia para a província de Carchi, na fronteira com a Colômbia, onde aconteceu a operação, batizada de Vitória.
Os detidos foram Luis Aníbal Ch. B. e Karla Esmeralda Ch. P., que transportavam o material em sacolas de plástico e náilon, em um pequeno caminhão.
Explosivos escondidos
A polícia equatoriana descobriu o contrabando de explosivos durante uma operação de rotina na localidade de San Gabriel. "Os fatos ocorreram quando policiais realizavam controles preventivos. Descobriu-se que o veículo transportava uma grande quantidade de explosivos escondidos", informou a corporação.
Na última quinta-feira, um ataque com caminhão-bomba matou 6 civis e deixou mais de 60 feridos na cidade colombiana de Cali. Dois guerrilheiros foram presos e acusados de homicídio e outros crimes, segundo o Ministério Público do país.
O atentado ocorreu no mesmo dia em que outro grupo guerrilheiro matou 13 policiais após derrubar um helicóptero em um ataque com drone e fuzis, em Antioquia, a noroeste.
Autoridades atribuem os ataques a duas dissidências das Farc que se enfrentam e que rejeitaram o acordo de paz assinado em 2016 com a maior parte dessa guerrilha, que trouxe tranquilidade ao país após décadas de conflito armado, mas que também deixou um vazio de poder nos territórios aproveitado por grupos guerrilheiros dissidentes, paramilitares e cartéis.
As dissidências foram acusadas de dezenas de ataques recentes, incluindo o assassinato do senador de direita e pré-candidato à Presidência Miguel Uribe Turbay.
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